O papel da ventilação nas condensações interiores

O papel da ventilação
nas condensações interiores

Tentar-se-á transmitir alguma informação que permita compreender melhor alguns dos conceitos e dos cenários que potenciam as condensações interiores.

Humidade absoluta

Humidade absoluta

Quantidade vapor de água (gr) por Kg de ar seco.

Humidade relativa

Humidade relativa

Relação entre vapor de água existente e quantidade máxima que o ar poderá conter à mesma temperatura.

Normalmente é a humidade relativa que se costuma usar como valor de referência.
Podemos recorrer a um gráfico psicométrico para melhor compreender a relação entre a temperatura interior, a humidade relativa [%] e a humidade absoluta.

Gráfico psicométrico

No eixo horizontal a vermelho teremos a temperatura ambiente; no eixo vertical a azul a quantidade de água por Kg de ar seco e, finalmente no corpo do gráfico as várias linhas (curvas) de humidade relativa. Escolhendo a temperatura e aferindo o ponto na intercepção com a curva da humidade relativa, obter-se-á o ponto que corresponderá à direita no eixo vertical aos valores a considerar.

Exemplos

Alguns exemplos

Comparando os valores de humidade absoluta (gr/Kg ar seco) podemos verificar que na generalidade o ar exterior contém menos vapor de água que o ar interior (para as mesmas temperaturas) e, por essa razão é habitual “abrir as janelas” para ventilar, introduzindo ar novo com menor humidade (mas mais frio).

Ao substituir o ar interior (maior humidade absoluta) por ar exterior (com menor humidade absoluta) irá diminuir a humidade relativa interior e assim diminuir a probabilidade de ocorrerem condensações. 

Ventilação

É importante salientar que uma correta ventilação é importante não apenas para evitar as condensações, mas também para a qualidade geral do ar que se respira, seja pelos valores excessivo de humidade que podem provocar reações respiratórias, seja pela possível presença de outro contaminantes. 

NOTA: é importante garantir que nos locais de produção de vapor de água existe uma eficiente ventilação, diminuindo assim a necessidade de ventilação nos restantes locais.

Excesso de humidade

Vamos dar um exemplo:

No interior

> Temperatura interior: 20ºC
> Humidade relativa interior: 75%
> Humidade absoluta: 11,1 gr(H2O)/Kg ar seco
> Temperatura de condensação: 15,5ºC

No exterior

> Temperatura interior: 5ºC
> Humidade relativa interior: 90%
> Humidade absoluta: 4,9 gr(H2O)/Kg ar seco

  • Para diminuir a humidade relativa introduzindo ar exterior, iremos diminuir a quantidade de humidade absoluta contida no ar e assim baixar a humidade relativa.
  • Ao introduzir ar novo exterior, mais frio, existe a necessidade de aquecer o ar exterior.
  • Abrir janelas é uma opção de ventilação no entanto implica um acréscimo nos sistemas de aquecimento.
  • A ventilação mecânica controlada (VMC) é uma opção a considerar já que em algumas soluções existe a possibilidade de inserir o ar novo exterior, a uma temperatura próxima do ar interior, tanto nas solução de VMC centralizada ou descentralizada.
Ventilação descentralizada GHOST

As soluções de ventilação descentralizada GHOST permitem realizar a ventilação até 60m3/h e com uma recuperação de energia até 93%. 

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